"Dois homens podem se abraçar, se beijar, se masturbar juntos e até praticar sexo oral eventualmente, mas isso não significa que eles são gays.
Assim pensam os g0ys (com um zero no lugar do “a”), um grupo surgido
nos Estados Unidos em meados da primeira década dos anos 2000 e que vem
expandindo sua filosofia pelo mundo, inclusive com muitos adeptos no
Brasil. No Facebook, o grupo “Espaço g0y e afins” tem mais de 640
membros."
Confesso que é difícil acompanhar os modismos da era moderna,
especialmente aqueles ligados à sexualidade. Cada dia inventam coisa
nova. Agora temos os g0ys, uma espécie de gay que não tem coragem de
chegar aos finalmentes, análogo ao maconheiro que fumou, mas não tragou:
O site brasileiro “Heterogoy” deixa muito claro que g0y não é gay e
explica que “é um heterossexual mais liberal, que não faz sexo com
homens, apenas faz brincadeiras sacanas, desde que nesses contatos não
ocorra a penetração”, que os participantes do movimento acreditam ser
“degradante”. “O termo g0y serve para designar homens que não praticam
sexo anal com outros homens”, ressalta outro trecho do site brasileiro.
Em primeiro lugar, detesto esse uso deturpado e vulgar que fazem do
termo liberal. Quer dizer então que liberal agora é a “bicha covarde”,
aquela que está louca de vontade de “engatar a ré”, mas morre de medo?
Há tempos que tentam misturar liberal com libertinagem e licenciosidade,
o que não faz sentido algum. Um heterossexual que não quer “sacanagem”
com outro homem seria mais conservador, careta e reacionário, é isso?
Outra coisa que me chama a atenção nessa bizarrice toda, marca dos
tempos atuais, é que nada pode ficar entre o desejo e o ato. Não vou
entrar na questão, aqui, se quem tem vontade de beijar outro homem já
pode ser definido como gay. Mas vejam o que disse o coordenador especial
da Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, Carlos Tufvesson:
Me espanta esse excesso de rótulos para a sexualidade. Isso, no fundo,
tem raiz em um preconceito que liga o gay à feminilidade. Ou a
penetração a algo feminino. Para mim, basta que sejam felizes e que
curtam suas fantasias, pois quem não dá vazão aos desejos pode se tornar
mais um homofóbico que sai por aí matando gays.
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