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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Passivos, ativos e falta de orientação...

Durante essa semana, Recebi fatos curiosos e que, para o meu universo conceitual de quem é um gay de 20 3 poucos anos (rs), não imaginava que os jovens nas escolas ou faculdades, entrassem no mérito e até mesmo se confundissem tanto.
Surgiu um cardápio de erros conceituais, confusões, advindas basicamente da falta de orientação, no caso, a homossexual. Não estou me referindo apenas aos jovens que têm menos acesso à educação de melhor qualidade. Falo de uma juventude de todos os níveis, que carrega uma certa ingenuidade, o que revela um tipo de alnafabetismo sobre as principais questões da homossexualidade, nessa relação taxada, principalmente, entre “ativos e passivos”...
                                                               

Assim, dando continuidade aos posts sobre esses temas, dos gays ativos, passivos, versáteis e mais recentemente gouines, vamos a alguns esclarecimentos conceituais:
- Meninos mais altos não são necessariamente ativos. Por consequência, meninos mais baixos não são obrigatoriamente passivos!;
- Um jovem gay mais masculino não está na condição exclusiva de ser ativo. Logo, o jovem gay afeminado não se condiciona a ser (somente) passivo!;
- Não é uma condição dos gays mais dotados serem ativos. Assim, deixa de ser condição dos gays menos dotados serem passivos!;
- O homem ou menino que é mais musculoso, barbado e que até se apresente socialmente com uma imagem mais máscula, não corresponde obrigatoriamente a uma preferência de ativo na hora do sexo. Da mesma maneira, o homem ou menino que é magro e com traços mais femininos, não está condicionado a ser o passivo, exclusivo;
- Meninos ou homens com voz mais grossa não definem o gosto único de serem ativos. Logo, meninos ou homens com voz mais fina não estão condicionados a serem passivos!
Mais uma vez, tais “denúncias”, percebidas pelo meu namorado no contexto de sua faculdade (e olha que estou falando de uma faculdade nos EUA, onde estão reunidos jovens do mundo todo, o que inclui seus colegas brasileiros, que lhe trouxeram essas referências errôneas) reforçam a ideia de como a cultura brasileira gay, por mais que queiram se desprender dos valores da heteronormatividade, na hora dos vamos ver – diante dos conceitos íntimos e sexuais – associa a ideia do passivo ainda com a figura feminina e, ao mesmo tempo, a ideia do ativo com a figura masculina. Pois vejam só: ser alto, masculino, dotado, musculoso, barbado e de voz grossa é “coisa de homem”. E vejam que curioso: ser mais baixo, feminino, com o “peru” pequeno, ser mais esguio e de traços femininos se associa mais com as características da mulher.
Tais afirmações ou associações tratam-se de um lapso tremendamente heteronormativo que, bem ou mal, é referência cultural e, infelizmente, ainda está atrelada aos ideais do machismo.

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